Ser humano é sofrer perdas. Desde os primórdios da existência, no momento em que os nossos olhos cegos mergulhão em trevas e somos absorvidos pelo liquido que nos gera e nos dá vida.
No calor de um ventre somos embalados e protegidos pela escuridão interior de uma mãe, até que a luz vem agredir nosso olhos. Com o nascimento perdemos o que é agradável: A proteção materna. Não precisávamos de nada porque tudo era-nos cedido.
A partir da primeira perda, desencadeia-se tantas outras como uma reação explosiva.
A perda do aleitamento, a do abraço fraterno para usufruir-se da liberdade solitariamente... entre outras que vem com o passar do tempo, como a perda de um amigo, de uma namorada, de um parente, de uma estimação...
Talvez isso explique a fenilidade traiçoeira humana, não há escolha sua existência e é inevitável o sentimento de vazio e solidão.
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